ADEUS PARA O TEU BEM
Quisera reverter a circunstância adversa que de ti me afasta
Mas o bom senso pede um basta e cabe a nós um passo de serenidade
Jamais te prometi a irrealidade, jamais plantei a ventania que te arrasta
E agora que a loucura se alastra, do que ficou só restará saudade!
Saudade que fará um marco eterno em digitais intensas
Nas marcas densas alma a dentro e vertidas em pranto
Pois um negro manto já apagou a chama das ilusões não pretensas
Que migraram das antigas aparências para a despedida desse canto!
Sabiam nossas consciências de todas as suas óbvias fronteiras
E as deliciosas brincadeiras perderam o controle da seriedade
Veio impetuosa surrealidade e suas perigosas fogueiras
Queimando a lucidez em chamas de asneiras, furtando a estabilidade!
Assim sejamos novamente quem sempre fomos: estranhos conhecidos!
Lamento os fracassos sofridos, que nunca foram meus nem seus
Se o sol vê-se afogado em breus, se os horizontes andam deprimidos
Sejamos pelo menos amigos e aceitemos o prudente adeus!
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Reinaldo Ribeiro - O Poeta do Amor
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