ADEUS PARA O TEU BEM

Quisera reverter a circunstância adversa que de ti me afasta

Mas o bom senso pede um basta e cabe a nós um passo de serenidade

Jamais te prometi a irrealidade, jamais plantei a ventania que te arrasta

E agora que a loucura se alastra, do que ficou só restará saudade!

Saudade que fará um marco eterno em digitais intensas

Nas marcas densas alma a dentro e vertidas em pranto

Pois um negro manto já apagou a chama das ilusões não pretensas

Que migraram das antigas aparências para a despedida desse canto!

Sabiam nossas consciências de todas as suas óbvias fronteiras

E as deliciosas brincadeiras perderam o controle da seriedade

Veio impetuosa surrealidade e suas perigosas fogueiras

Queimando a lucidez em chamas de asneiras, furtando a estabilidade!

Assim sejamos novamente quem sempre fomos: estranhos conhecidos!

Lamento os fracassos sofridos, que nunca foram meus nem seus

Se o sol vê-se afogado em breus, se os horizontes andam deprimidos

Sejamos pelo menos amigos e aceitemos o prudente adeus!

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Reinaldo Ribeiro - O Poeta do Amor

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Reinaldo Ribeiro
Enviado por Reinaldo Ribeiro em 17/03/2011
Reeditado em 18/03/2011
Código do texto: T2853469
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