SOS! São Francisco

O Grande Rio passa humilde como um remanso.
Tuas águas estão cansadas...
Também não lhes dão descanso.

O teu físico perece, pela notada falta de zelo.
Quando circulávamos pelas tuas margens,
Sempre encontrávamos muitas paragens.

Tuas rimas não passam mais a cantarolar.
Assistimos os vômitos espumantes das carrancas.
Nas tuas telas só existem tonalidades pretas e brancas

Tuas águas sempre nos convidavam para passear,
No horizonte que era azul, hoje só vemos areias...
E as lendas foram embora junto com as sereias

A correnteza passa numa rapidez...
Não se dá conta que um dia foi feliz.
Vai embora, e esperam também a nossa vez...
Zédio Alvarez
Enviado por Zédio Alvarez em 08/11/2006
Reeditado em 02/11/2008
Código do texto: T285337
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