Amante de Corola
Mudo agora, o meu nome
Agora, vivo em função de quem amo
E suplico-te vida, me amor
Pois, se amar é viver
Eu preciso a ti respirar.
Sou imenso ser Possuído
Pelo teu sentimento recíproco
Se dizes que me gosta
Sem dúvidas e incertezas
Terás sempre a mesma resposta.
Menina, se soubesses como sorrio
Quando vejo tua boca rosada
A mediar as bochechas delicadas
No teu rosto, minha felicidade
No teu corpo, a linda idade.
Como jovem és de corpo
Tão bonito e harmonioso
Que quando o fogo em ti impera
Continuas sereníssima e linda
Pois, tuas chamas são sempre santas.
Se me rogo vida a fora
Para outros corpos
À minha inquietude sanar
É que me deixaste sem ti
O que pra mim é o pior inferno.
Se me ardo em fogo
Sob sua fonte quero me refrescar
Tomar banho de ti
Ao amarmo-nos no mar
E abraçarmo-nos sozinhos...
Quão coradas são tuas bochechas
Quando te chamo carinhosamente
Dizes pra eu parar
Mas, nem em público
Ao meu amor consigo segurar.
Quero ser teu amante irreal
Corola: pétala do amor
Deixe-se por mim confiar
E confie em quem te ama muito
Eu só quero o teu carinho.
Corola, jamais farei mal
A um fio sequer de teus cabelos
Pois, se não, antes me tomei em loucura
Ninguém, se não sob meu cadáver,
Ofender-te-á, profana coisa pura.
A pureza não se mostra
Na ausência de desejo
Senão, mau eu seria, por quê
De ti desejo mais que um beijo
Um futuro de filhos eu vejo!
Se as cores vibrantes do meu lindo destino
Forem apenas mais confetes frívolos
Dos que comemoram a própria desgraça
Eternamente eu chorarei:
Fui Amante de Corola...