Selvagem
Porquê foge ao meu controle, esta estranha emoção
Que invade meu corpo, domina meu coração?
Que, ao mesmo tempo que me domina, me fascina
E deixa em mim essa sina,
Essa estranha atração.
Que me mantém sufocado,
Preso, amarrado
A essa estranha emoção.
Que vem com tal intensidade, que acaba com a solidão
Que foi um dia o fruto de uma separação.
E então, eu desfruto por completo deste momento,
Da harmonia de tais movimentos,
Desta paixão eloquente
Que, por meio de nossos corpos ardentes,
Consegue realizar seu intento.
E o êxtase, vem com o frio,
Fluindo, em forma de arrepios.
Nossos corpos se banham no rio
Que corre pelas barragens,
Só para ver em suas margens,
Nosso amor, puro, porém, selvagem!