MEA CULPA
Maria Luiza Bonini
Perdoa por amar-te tanto...
Pelos momentos que se fazem raros
Com esse amor que é só ternura e encanto
Fazendo-te em mim, de todos, o ser mais caro
Perdoa por amar-te tanto...
Quando roubo do teu ar, em meus suspiros
Ao tentar sufocar na dor, o nosso pranto
Na ânsia louca de sobreviver, em meu retiro
Perdoa por amar-te tanto...
Nesta doce loucura em que eu te bendigo
Por me fazer dizer do amor, em todos os meus cantos
Quebrando as sagradas barreiras de um amor amigo
Perdoa por amar-te tanto...
Por meus devaneios e por todos os teus ais
Pois, in "mea culpa" cumpro a pena inebriante
De saber que, a cada dia, hei de amar-te mais
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São Paulo, 23.01.10
"Amor é um fogo que arde sem se ver, é ferida que dói, e não se sente; é um contentamento descontente e dor que desatina sem doer"
Luiz Vaz de Camões