Flor
Eis-me aqui com a flor em minhas mãos
Seria ilusão ou um relacionamento?
Seria a Rosa nesse momento a senhora do destino?
E eu como um menino a ser conduzido
Abduzido por uma forma alienígena
Um indígena absorto ante a tentadora civilização
Um falcão adestrado e servil
Um vazio preenchido
Um gigante sucumbido
Ante a força abstrata
Esta que descarta a razão
Que dispara o coração
De emoção, louco a palpitar.
Eis-me aqui a segurar a rosa
Formosa flor de pétalas vermelhas
Como a sentelha do saber
A libertar o mundo
Um moribundo que reanima ante a bela visão
Ao som da cansão encantadora da sereia
Eis-me aqui jogado na areia da vida
Imerso em comovidas lágrimas
Como magma que explode no oceano
Sem rumo e sem planos
Sigo cego o perfume da Rosa.