Sombra do destino

A águia pousou na sombra do destino

Como se não houvesse almas douradas

Esvaziando o azul que manchava o linho

Meu peito arfou vapores insanos

Na noite vazia de estrelas, e sal

Minhas mãos enferrujam-se com os anos

A caneta rasga a carne de papel

Poemas molhados e olhos cegos

Beijam a nostalgia, e os lábios de fel