A lágrima da Poetisa

Uma gota orvalhada segue seu

caminho incerto feito

a chuva que explode contra

o frio da vidraça.

Alguém procura

nas entrelinhas

do que seus olhos

leem o sentido

exato das palavras

dispersas pelo texto.

Há uma angústia que

permeia a alma da

Poetisa e nela sinais

sutis de uma lembrança

partida entre dois silêncios.

O tempo recorta nas

horas a solidão de

uma noite insone

enquanto o lamento

dissonante de um amor

perdido recolhe os

fragmentos do

que se partiu.

A Poetisa tenta, com

sua pena dorida, rascunhar

uns versos perdidos,

compor um simples poema.

Busca, no sentido desses

versos, entender o que

a alma chora.

E ela – triste alma aflita –

repete no silêncio

de agora que é

apenas uma lágrima

da Poetisa.

Rita Venâncio
Enviado por Rita Venâncio em 14/03/2011
Código do texto: T2847951
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