EU VI A POESIA

Ela combateu frontalmente todos os conceitos que eu lhe atribuía

Uma vez que meramente lhe sentia, nem pude pressupor lhe contemplar

Alguns declaram nela se inspirar, já eu lhe rascunhava ou simplesmente lia

Até que num mágico dia, ela decidiu me visitar!

Chegou a mim trazendo em si a aura das manhãs mais inimagináveis

Daquelas tão afáveis, cuja neblina baila no topo da serra

Trouxe um encanto que até hoje não se encerra em seus olhos amáveis

Tornando meus pulsares instáveis e pondo meus instintos em guerra!

Em suas formas vi tamanha perfeição, a ponto de calar-me o verbo

Qual deslumbrado cego, assim tornou-me aquele brilho singular

Nenhuma estrofe é de se comparar, nenhum soneto é tão belo

De sorte que ainda me esmero e não consigo mesmo assim lhe decifrar!

Nos cantos desse mundo aos cântaros desfilam musas e feições

Todas cheias de fascinações e que talvez algum aplauso me mereceria

Mas nenhuma delas chegaria aos pés de tuas atribuições

Nem sei se és real ou fruto de imaginações, mas sei que és a própria Poesia!

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Reinaldo Ribeiro - O Poeta do Amor

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Reinaldo Ribeiro
Enviado por Reinaldo Ribeiro em 14/03/2011
Reeditado em 14/09/2013
Código do texto: T2847271
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