Não sei quem és.
Não sei quem és
Não encontro os olhos , nem a boca
nem a pele e nem o gosto
do meu grande amor.
Deve ser o tempo me cegando
desse ser a névoa que toma conta
das minhas esperanças
e parece arrastá-las a um precipício
Precipita-se em mim
esse inverno aterrador.
Que não deixa brotar sementes
que mata a beleza de toda flor
Que congela os rios e as cordilheiras
Queimam como facas de gelo
Esse meu peito
Não sei quem és!
Embora inda sejas tudo
Não és mas quem vejo
Na ternura dos meus sonhos.