Não sei quem és.

 

Não sei quem és


Não encontro os  olhos , nem a boca

nem a pele e nem o gosto

do meu grande amor.


Deve ser o tempo me cegando

desse ser a névoa que toma conta

das minhas esperanças

e parece arrastá-las a um precipício

Precipita-se em mim

esse inverno aterrador.


Que não deixa brotar sementes

que mata a beleza de toda flor

Que congela os rios e as cordilheiras

Queimam como facas de gelo

Esse meu peito


Não sei quem és!

Embora inda sejas tudo

Não és mas quem vejo

Na ternura dos meus sonhos.


Cristhina Rangel
Enviado por Cristhina Rangel em 13/03/2011
Reeditado em 13/03/2011
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