Parecidamente opostos
Por que tudo que se refere a nós
Tem que ser assim tão complicado
Por que assuntos que nos referem
Geram em nós conflitos tão difíceis
E são milhares os teus mistérios
Translúcidos como o alvorecer
Das manhãs aparentemente límpidas
Que de repente se cobrem em brumas...
Assim somos como ventos opostos
Que insistem em vão se emaranhar
Somos apenas olhares e pensamentos
O que era familiar se tornou estranho
Sei que ainda somos o que somos
Mas já não vemos da mesma forma
Somos sol e lua que se completam
Jamais se tocam mesmo face a face
Assim se vão nossos dias e noites,
Continuando sendo o que fomos
E como éramos permaneceremos
Emaranhando-se intocavelmente