DEVANEIOS

Quando um dia,

Eu ganhar um coração

No formato de uma estrela

Cor-de-rosa

Será teu de novo!

Lembras...

Arrumei uns ramos, quase verdes,

As flores azuis, no entardecer do tempo.

E brinquei na aspiral da demência...

Agora, não te privo de instantes.

Roubei com pressa,

Para não escutar que não me pertenciam.

Com medo de tocar

O impenetrável da tua alma

Que me virava o rosto

Que se enjoava de mim

Sem nunca ter sentido meu gosto...

Como areia que cai e se esvai

Sem montes.

Quis ser montanha!

E nesse espaço de intenso abandono

Com que me castigaste

Ao sereno frio, com teus perfumes das flores da vida:

Em mim – tão ausente.

Sinto que morri,

Mas só dormi...

Meu doce amor de abandono.

Ainda espero o amanhecer dos meus sonhos

Com o toque da tua paz em mim.

Cobre-me...

Verônica Aroucha

3/11/2006

Verônica Aroucha
Enviado por Verônica Aroucha em 07/11/2006
Código do texto: T284181
Copyright © 2006. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.