Vida!

É tão difícil conviver com você,
Você não sabe o que quer e nada lhe satisfaz.
Vida, eu não te compreendo. Te recebo com uma flor e você me recebe com pedras.A cada pedrada, surgem novos textos, contextos, poesias... Eu contesto o modo de me avaliar. Acho que, às vezes, você é áspera comigo.
Estou cheio de hematomas, não consigo mais nem colocar sequer uma blusa. Meu corpo esta todo moído, todo dolorido. Pareço um caco de vidro.
Mas, vida, quero lhe dizer que mesmo você não correspondendo às minhas expectativas, sabe o que me alivia? É o amor que ainda sinto por você. Amo-te vida. A ti sempre amarei.
Já passamos por tantas adversidades juntos, num bote respiratório só. Respiramos o mesmo ar, respiramos as mesmas contradições e, muitas vezes, entramos em contradições.
Entramos em choques por farpas de um mundo do tamanho de uma caixa.
Mas, vida, também lhe agradeço. Você me fez um homem calibrado, maduro, sábio e, às vezes, ético.
Talvez seja a disciplina pesada que você me deu que me fez isso. Muitas desilusões, alegrias; por que não?
Hoje me encontro ainda em confronto com você. Nossas idéias não batem, mas sei reconhecer a importância de seu ser em minha vida.
Eu sei aplaudir, mas também sei vaiar. Sou o próprio vaiador.
Eu sou o que sinto a dor de um trauma de uma vivência pouco familiar, pouco domiciliar...
Vida, não sei o que somos um do outro, mas, às vezes, acho que fazemos parte de um mesmo ser, um mesmo corpo. Não entendo essa minha concepção.
Minhas veredas oferecem a você minha oferenda: paz!
Temos que saber viver em paz e aceitar as consequências de cada um.
Não precisamos ser falsoa um com o outro, apenas tentar nos entender.
Entenda-me vida.
Amo-te.
Renato F Marques
Enviado por Renato F Marques em 11/03/2011
Código do texto: T2841164
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