Poema 0870 - Esperança

Volto meus anos, meus amores,

travo luta com meus novos sonhos,

faço buracos no céu que desenhei,

como se fosse uma disputa infantil.

Sobrou algum brilho em meus olhos,

a pele ficou queimada de tanto prazer,

d'outro lado o escuro do amanhã,

não como a noite que vai e volta.

Somei os desejos aos prazeres,

misturei um nome de mulher,

amanheceu cedo, um beijo, os olhos,

um quente e limpo calor de amor.

Poderia parar hoje de sonhar,

deixar anoitecer todas as vontades,

tenho amor, ouro, um sol que corre as veias,

lua, como se o carinho fosse prata.

Anunciem aos amantes de todos os mundos,

palavras não bastam, não bastam gestos,

façam seus olhos brilharem com o azul,

escolha a cor, talvez queira outra, mas amem.

Guardei a noite, as tempestades, os deuses,

apaguei o caminho, desviei as trilhas,

tracei um destino, meu e dela,

mudei meu nome, hoje, sou esperança.

06/11/2006

Caio Lucas
Enviado por Caio Lucas em 06/11/2006
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