COMO TE AMO?
Espero de ti apenas uma carta,
com as palavras exatas
e o teu jeito de dizer as coisas
bruscamente.
Na brutalidade da paixão,
vamos descobrindo algo
parecido com amor.
Nossos minutos são para a perda dos sentidos.
Morremos e renascemos,
uma vez após a outra.
A solidão nos espreita, mas,
no calor do momento,
esquecemos de temer
o seu hálito frio.
Não falemos de amor, não agora.
Podemos estar mentindo,
afogados que estamos
um na carne do outro.
Mas, se vier esse sentimento,
baixemos as cabeças.
Capturados seremos,
traídos pela própria arrogância
de achar que tanta entrega
não fenderia nossas vidas.