Rosas
Lembrem-se das rosas, das rosas e do amor,
De um tempo em que nada importava,
Utopia aromática, a então essência do amor, da existência,
Lembrem-se das pétalas, do beijos, lembrem-se dos dias,
Dos raros momentos de alegria, das pessoas e amizades,
Lembrem-se dos dias fieis, das verdades inacabáveis,
Da liberdade, da saudade, da saúde, lembrem-se das rosas,
Dos momentos a sós, de como tudo desatava, de como não haviam nós,
Lembrem-se da verdade em cada sinal, das viagens no mundo dos sonhos, nosso mundo, da nossa magia, da alegria,
Das estrelas que vimos, “daquela” estrela cadente, numa noite fria, noite fria e corpo quente,
Lembrem dos sorrisos e dos suspiros, e caminhar lado a lado, de mãos dadas, dos discursos, das poesias, das risadas,
Lembrem-se do silêncio, e também das palavras, de tudo o que foi dito somente com o olhar,
Lembrem-se da chuva, do céu e do mar, de sorrir só por sorrir, e também chorar sinceramente, mas nunca somente por chorar,
Lembrem-se das loucuras, das decisões, de ouvir Renato Russo, de ouvir e cantar,
Lembrem-se de como foi bom, e nunca lamente por acabar,
Do beijo, e do abraço, de tudo o que foi dito ao “pé do ouvido”, de dormir ao lado de quem ama,
Lembrem com orgulho do que foi, e saibam desistir de tentar, o que foi não volta a ser, ganha-se experiência aprendendo a perder,
Lembrem-se dos olhos castanhos, e do jeito de menina, da nobreza dos gestos simples, do exagero na maquiagem,
Lembrem-se do dia em que fizemos a comparação, dissemos que a rosa era o amor, e que seus lábios eram pétalas, teu perfume a essência, de quanto valia o amor, da sua reação,
Lembrem-se de como dói, e de aprender com isso, lembrem-se das rosas e do amor,
Lembrem-se de perdoar, de esquecer,... lembrem-se do silêncio, lembrem-se de esquecer, esqueçam de lembrar,... das rosas.