Vício de Dor
Ruiu uma parede do quarto
Onde meu eu sonhadoramente dormia,
Em seus devaneios esculpidos de fantasia
Pôde conceber a alquimia de um mundo ingrato.
Espesso lençol de pó cobriu o aposento
Asfixiando minh'alma de fina melancolia,
No éter do alcova sorrateiramente meu eu fugia
Para não perecer de magia no isolamento.
Pedra sobre pedra espalhou-se no chão
E pela abertura do teto pôde-se ver as estrelas,
Meu eu concentrou-se no intuito de absorvê-las,
Mas o desmoronamento causou cicatrizes em seu coração.
No cenário onírico meu eu despertou tonto de amor
Por uma humanidade alhures viciada em sintomas de dor!
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