TEM ALGUÉM ME OUVINDO? Ao Dia Internacional da Mulher
Não fui o juiz que julgou ilegalmente Sócrates
Nem responsável por tornar-se mártir da nação
Muito menos segui os conceitos de Hipócrates
Que renunciou todos os desejos do coração.
Sou amante da beleza feminina, amigo da sanidade
Vergado nas colunas pífias do egocentrismo
Avesso aos propósitos que deseja a humanidade
Concordando com Aristóteles no geocentrismo.
Busco usufruir a Beleza da mulher e seus entendimentos
Da literatura de Hammett, Agatha, Poe e Georges Simenon
Que nos presenteia com os seus altos rendimentos
Poderíamos ir para a comuna Francesa e comprar Venon.
Degusto uma fatia de ilusão que não me permite pensar
Na beleza contida nas entrelinhas de um belo romance
Os conselhos de Machado, Eça ou Mccllough, dispensar
Por não lutar convicto que desejo uma segunda chance.
Mergulhar no tempo é buscar novamente o sofrimento
Já escrito e eternizado nos assombros da frágil mente
Nem Pessoa e Tomás Antonio sentiram igual tormento
Por sofrer por suas amadas de uma forma permanente.
Sim, eu sei que uma longa estrada é um longo caminho
Que se segue dia após dia rumo a distante montanha
Desejando diariamente sentir o teu mágico carinho
Eliminando a dor que teimosamente me acompanha.
A voz de uma mulher é tal qual o som é da brava cachoeira
Como descreveram Danielle Steel, Kafka, Balsac e Sabino
Seja na cidade ou no vasto campo onde tem a cocheira
Nas ilustrações das parábolas do inigualável Rabino.
Sou apenas um passante da história ofuscada e perdida
Desencontro foi a marca que se tornou registrada
Sonhos irrealizáveis sob o foco de uma luta dividida
Distribuída ao longo das margens de uma deserta estrada.
Tantos especialistas Filósofos, Poetas, Mestres e Escritores
Livros de romances, poesias, prosas e teses no mesmo patamar
Trocaria todo o conhecimento e fingimentos dos grandes atores
Só para em qualquer época viver e eternamente te amar.