À MULHER DE TODO DIA
Enquanto amar, tomarei como próprio o porte dos beduínos.
Cada momento que viver abraçarei como candente jornada.
Caminharei sobre dunas sem que me deixe sedar pelas miragens.
O coração tomarei por bússola a me guiar rumo a oásis
Onde abundam tâmaras e águas cristalinas.
Adentrarei a tenda na qual há refrigério.
Ali, relaxarei sobre o tapete de fibras estilizadas
E repousarei a cabeça na maciez dos intumescidos montes de feno,
Que, por Deus, sei-os teus.