Ha em mim
Há em mim uma luta selvagem,
uma aragem de ser quem não se pensava,
um passagem entre meu céu,
e o resto do mar,
uma canção sem mão de amar,
Há em mim pinturas intimas,
desenhos encapados em papel machê,
dentro de mim há o que se viver,
Há em mim dores de outras eras,
quem me dera ser um passado
bem a ferro quente,
Quem me dera ter as correntes,
que prendem meu ser ao mar,
Há em mim clamores de decência,
uma pequena lamina de inocência,
e há em mim,
um doce e vaga
nuvem...