Ha em mim

Há em mim uma luta selvagem,

uma aragem de ser quem não se pensava,

um passagem entre meu céu,

e o resto do mar,

uma canção sem mão de amar,

Há em mim pinturas intimas,

desenhos encapados em papel machê,

dentro de mim há o que se viver,

Há em mim dores de outras eras,

quem me dera ser um passado

bem a ferro quente,

Quem me dera ter as correntes,

que prendem meu ser ao mar,

Há em mim clamores de decência,

uma pequena lamina de inocência,

e há em mim,

um doce e vaga

nuvem...

Denise Lessa da Silveira
Enviado por Denise Lessa da Silveira em 06/03/2011
Reeditado em 05/06/2015
Código do texto: T2831871
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