DOCE ABRIGO

Quando olhos cerrados se fitam

Não é necessário falar

Corpos bilíngües que cochicham

Um enorme silêncio no ar.

A vontade mais pura nasceu

Novamente no corpo um sentido

O meu lado mais vivo cresceu

encontrando o outro lado querido

Depois, impaciente,

paira indeciso.

Se corre , se foge, ou,

permanece no abrigo?

Lázaro Ferreira