o precipício azul
O que procura olhando pra longe,
Se perto de ti, meu amor.
Mais perto que tudo,
Existe minhas maos,
Um profano desejo de te fazer minha.
Se tao perto, na queda das palavras
Onde mora a poesia, o nao dito.
O próprio silêncio, meu calor te espera...
Penso na vida, a imensa vida
Que vaga em torno de nós dois.
Essa espectadora voraz por belos encontros.
E pergunto porque não cai,
nao se joga?
O precipicio é azul, eu sei.
Pastoso, talvez.
Mas é terra de ovelhas, mel e pão...
Tenho vinho e toda a paciências dos apaixonados.
Jogue, jogue.
Já estou aqui, com o coraçao em minhas mãos.
Imerso, num infinito mundo,
chamado eternidade