TIA MARIA
TIA MARIA
Estou distante do mar.
Quis ficar assim,
Porque bem sei que ficaria longe da fantasia,
Mas como um floco de neve você chegou
E me apaixonei pelo modo como falava e sorria.
E me encantou o mês de maio sobre seu rosto,
Que é lindo e que prezo tanto,
Basta vê-la à sombra de um bosque,
Ou sozinha com seu pensamento,
Seu cabelo negro levado pelo vento,
Ou, de repente, buscando o sol para aquece-la,
Que sua beleza conforta minha vida.
Então sua cortesia e honestidade
Vêm dizer que você é fonte da virtude
E dona da beldade que é capaz de apartar minha mente do [coração,
Mas seu olhar, que tanto me faz feliz,
Simplesmente me expulsa,
Com uma dureza doce e uma plácida repulsa
E esfria meu ímpeto e veda minha esperança,
Então, penso na suave e singela palavra amor...
O amor que eu conheço há mais de vinte anos,
Te elegeu dentro de mim,
Por isso, agora estou enfermo, lento e bobo feito [criança...
E já não adianta mais ler os horóscopos
Para ver a inclinação do sol, ou a posição da lua...
Nem inventar um beijo, ocultar meus desejos,
Tampouco, cair de bêbado pela rua...
Talvez deva voltar para perto do mar,
Entregar-lhe meu vão anseio e vão tormento,
Sentir bater no meu rosto o vento
Para voltar a viver com felicidade.
Mas para isso, sei que preciso me livrar da sua voz no Meu inconsciente.
E do seu nome preso na garganta...
Contudo, toda vez que me lembro da França,
Me vem você na minha mente,
Porque é de lá que vem seu nome.
E toda vez que me deparar com estas linhas,
Me lembrarei da angústia que me fez passar, [involuntariamente,
Porque é dela que vem esse poema...