Quimera real

Fitando os teus olhos,

Plausíveis abrolhos,

Eu fico inerte,

O breu se reverte,

Em lindo clarão.

Teus olhos são belos,

São pares alelos,

Procuram a vida,

De estrelas garridas,

Na constelação.

Teus olhos tem lumes,

Festivos perfumes,

Suaves, amenos,

Sinceros, serenos,

No cume do amor.

Teus olhos discretos,

São sonhos seletos,

Riquezas astrais,

Tristezas sem ais,

E pranto sem dor.

Teus olhos natura,

De intensa candura,

São nobres escunas,

Que vencem as dunas,

Quão mares, a nau.

Teus olhos frementes,

Do amor, imanentes,

É céu estrelado,

É corpo ilibado,

Quimera real.

Valério Márcio
Enviado por Valério Márcio em 03/03/2011
Reeditado em 07/03/2011
Código do texto: T2827291
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