Quimera real
Fitando os teus olhos,
Plausíveis abrolhos,
Eu fico inerte,
O breu se reverte,
Em lindo clarão.
Teus olhos são belos,
São pares alelos,
Procuram a vida,
De estrelas garridas,
Na constelação.
Teus olhos tem lumes,
Festivos perfumes,
Suaves, amenos,
Sinceros, serenos,
No cume do amor.
Teus olhos discretos,
São sonhos seletos,
Riquezas astrais,
Tristezas sem ais,
E pranto sem dor.
Teus olhos natura,
De intensa candura,
São nobres escunas,
Que vencem as dunas,
Quão mares, a nau.
Teus olhos frementes,
Do amor, imanentes,
É céu estrelado,
É corpo ilibado,
Quimera real.