Infernos Azuis. (Morpho)

No simples olhar que me lanças despe-me
Tece-me sua trama ,esses seus olhares indecentes
Iridescentes, tal as asas de uma Morpho
Os medos subtrai-me insensato.

Refugo e maldigo esses olhares
Que me tonteiam, que despertam
Minhas mais penosas culpas

Diz-me a que veio?
Senão para atear-me o fogo
De mil candeeiros?

Mas logo nada vejo,
Nem seus olhos
Só tateio...

E te fazes meu degredo, no ato
De desvendar os caminhos do seu corpo
Te dedilhando sem juízo ao
comando da sua boca.


A mercê de sua sorte
Não serei jamais absolvida
Pois nem nesta ou noutra vida
Há de haver prisão que me liberte
Dos seus infernos celestes.

Cristhina Rangel
Enviado por Cristhina Rangel em 28/02/2011
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