A MORDIDA NA MAÇÃ
No final do expediente,
Como bem faz um ser vivente,
Retorna pra casa, cansado
E sempre repete a sina
De uma simplória rotina
Após um dia trabalhado.
A cadela é quem o saúda,
Abanando a sua cauda,
Latindo de contentamento.
Com um beijo burocrático
Vem um relatório prático
De algum aborrecimento…
Mesmo assim não se abala,
Finge ouvir, então se cala,
Faz parte de uma rotina…
Tudo sempre é muito igual,
Repetindo o mesmo final
De uma sequência cretina…
Depois do banho, vem o jantar,
Com arroz, feijão e manjar
E notícias na televisão.
Já olha pra ela, pedinte,
Pensando no dia seguinte,
No travesseiro e no colchão…
Mas entre beijos e carícias,
Doces palavras com malícias
Logo acende a fogueira…
Ela finge estar cansada
E vira pro lado, ousada
Diz não querer nada, faceira…
Eis que o mundo se agita,
Se si cala, ela incita,
Sob o domínio do querer…
Depois retorna a calma,
Volta o silêncio na alma,
Esperando o adormecer…
Tudo então se harmoniza,
A rotina se organiza
Porque existe um amanhã.
Vai começar um novo dia
De pressa e estripulia
E outra mordida na maçã…
No final do expediente,
Como bem faz um ser vivente,
Retorna pra casa, cansado
E sempre repete a sina
De uma simplória rotina
Após um dia trabalhado.
A cadela é quem o saúda,
Abanando a sua cauda,
Latindo de contentamento.
Com um beijo burocrático
Vem um relatório prático
De algum aborrecimento…
Mesmo assim não se abala,
Finge ouvir, então se cala,
Faz parte de uma rotina…
Tudo sempre é muito igual,
Repetindo o mesmo final
De uma sequência cretina…
Depois do banho, vem o jantar,
Com arroz, feijão e manjar
E notícias na televisão.
Já olha pra ela, pedinte,
Pensando no dia seguinte,
No travesseiro e no colchão…
Mas entre beijos e carícias,
Doces palavras com malícias
Logo acende a fogueira…
Ela finge estar cansada
E vira pro lado, ousada
Diz não querer nada, faceira…
Eis que o mundo se agita,
Se si cala, ela incita,
Sob o domínio do querer…
Depois retorna a calma,
Volta o silêncio na alma,
Esperando o adormecer…
Tudo então se harmoniza,
A rotina se organiza
Porque existe um amanhã.
Vai começar um novo dia
De pressa e estripulia
E outra mordida na maçã…