Desventuras

Como é bom amar você

Mesmo que sejas “proibida pra mim”

Como é bom ver você

Mesmo que eu sinta o desconforto do coração acelerado.

Ainda que a saudade seja torturante

Ainda que o tempo insista em ser célere

É bom estar com você por apenas alguns instantes.

É agradável estar ao seu lado

Ainda que eu permaneça calado por não encontrar palavras para

Dizer o quão feliz estou por estar com você

E eu que sempre me considero realista, racional

Agora me deparo com o mágico, com o encantado

E fico a rir por dentro (para não me chamarem louco!)

Apenas por lembrar do seu jeito, do seu sorriso, da sua voz

Das coisas que me diz, do seu cheiro, enfim

Dos encontros nupciais.

Eu que me julguei incapaz de amar fui castigado (pelo destino, por

deus?)

Agora amo. Proibidamente, desesperadamente

E sinto que este sentimento ficará impregnado em mim

Como nódoa de caju, a despeito do passar do tempo

Tempo que me interrogará no futuro

Por que não vivi intensamente esse amor

E o que responderei ao tempo?

Que tive medo de me entregar para não sofrer ou para não machucar

alguém?

Que não vivi por que estava “preso” a outra pessoa?

Sim! Direi ao tempo que eu já estava prometido a outro alguém

Mas o tempo não ficará contente com minhas respostas

E não te libertará da prisão onde te encontras presa em meu

pensamento.

E assim, nas noites de sábado e nas tardes de domingo

Estarei pensando em você e desejando estar contigo

Em uma “casa no campo” recostado a teu seio, no embalo de uma

rede.

Taciturno Calado
Enviado por Taciturno Calado em 27/02/2011
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