Apoteose Finlandesa III
As esculturas que meus punhos criaram,
quando do advento das geleiras,
os gigantes sólidos, bárbaros frios,
sepultaram o coração da nação
numa marcha funeral histérica.
É tudo falsificação de frio polar,
de melancolia por sepultamentos clandestinos,
nessa terra de esquecimento branco.
O orgulho se debae sob os lagos congelados,
vez por outra quebrados por cisnes cantores,
tão indiferentes aos meus poemas rotos,
que me tomam a alma de um pavor cinzento,próprio das crianças e dementes aprisionados.