O silêncio da alma.
Autor: Daniel Fiúza
10/08/2010
Ouvir o silêncio na alma
beber a calma do silêncio
no porto onde o amor acalma.
Silêncio, meu parceiro dileto
meu eterno conselheiro
envolvido companheiro
na penumbra dos meus olhos.
Silêncio que preenche minhas ausências
trazendo sentimentos envolvidos em versos
navegando por mares poéticos
a procura de terras lúdicas
onde me deleito com deliciosos silêncios.
Meu viver se fragmenta em sonhos
entre silêncios exóticos
bordados no meu coração
com fios de ouro e prata.
Meus poemas fundidos nas maravilhas
ofuscantes e brilhantes no meu silêncio
nas altas prosopopéias
pintadas com tintas empíricas
flutuando nas lágrimas das palavras.
Meu corpo impregnado de silêncios
faz prece nos corredores da alma
trançando poesias silenciosas
enfeitando colchas com emoções
rendadas de ternuras e silêncios.
Na minha cama poética e delirante
deitam-se silenciosos sentimentos
dormem amantes e amores
sonhando com vinhos poéticos
se embriagando de silêncios magnéticos.