Santuário Natural

Quando a flor abre e exala seu perfume,

Uma gota de esperança purifica o orvalho,

As amêndoas do amanhecer cultivam suntuoso cenário

Onde o amor repousa do olhares febris.

A luz do dia tece inefáveis delírios

Em que as flores copulam em sua seiva,

O mel que é sugado pela fertilidade da leiva

Enche de sensualidade o colorido bailado dos colibris.

No aroma há a magia que transfigura a natureza

E no olfato da sensibilidade curte-se a leveza

Do orgasmo floral que nocauteia eflúvios de dor...

Brisas pálidas balouçam as folhas no ar,

Nas sombras verdes ergue-se peremptório altar

Em que se percebe a sublimidade do amor!

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Ivan Melo
Enviado por Ivan Melo em 26/02/2011
Código do texto: T2816927
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