DESESPERO
Acordei da sesta.
Despertei exatamente no mesmo horário
que ela chegava costumeiramente.
Pressenti o fantasma.
Remoi a falta.
Perguntei: Por quê? Por quê?
Revivi:
Cenas
Temas
Fatos
Fotos
Tudo disparadamente se projetou
Filme tela
Faltava ela.
Procurei desculpas
Calcei culpas
_______minha e dela______
Nada adiantou.
Só atrasou
Minguada resposta,
Eterna dúvida:
Ou ela me amou
Ou enlouqueceu
Ou o destino traiu
Meus planos
E tudo parou.
Mudou
para que todos
seguissem seus cursos
com discursos
em modernos usos.
Do desespero voltei à calma.
Tranqüilizei a alma.
Levantei-me da cama
como quem novamente
AMA.
L.L. Bcena, 21/09/2006.
POEMA 77 - CADERNO: VOLTANDO PARA CASA