DESESPERO

Acordei da sesta.

Despertei exatamente no mesmo horário

que ela chegava costumeiramente.

Pressenti o fantasma.

Remoi a falta.

Perguntei: Por quê? Por quê?

Revivi:

Cenas

Temas

Fatos

Fotos

Tudo disparadamente se projetou

Filme tela

Faltava ela.

Procurei desculpas

Calcei culpas

_______minha e dela______

Nada adiantou.

Só atrasou

Minguada resposta,

Eterna dúvida:

Ou ela me amou

Ou enlouqueceu

Ou o destino traiu

Meus planos

E tudo parou.

Mudou

para que todos

seguissem seus cursos

com discursos

em modernos usos.

Do desespero voltei à calma.

Tranqüilizei a alma.

Levantei-me da cama

como quem novamente

AMA.

L.L. Bcena, 21/09/2006.

POEMA 77 - CADERNO: VOLTANDO PARA CASA

Leonardo Lisbôa
Enviado por Leonardo Lisbôa em 26/02/2011
Reeditado em 28/06/2012
Código do texto: T2816897
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.