Avadore

Dois lados de um espelho mentiroso,

e eu contido no oposto particular,

que inunda a sala de uma luz sem propósito.

São dois trumpetes enferrujados,

uma respiração que falha,

quando meu espaço se torna decadente.

Cessa-se o canon, o disco arranhado vai cada vez mais se emudecendo e sobra o óbvio.

As teias de aranha,

e o repouso eterno que cabe escrito na pedra cinzenta.

É a noite dos reis perdidos.