TERNURAS PENDENTES

À ti, onde quer que estejas se é que existes…

TERNURAS PENDENTES

Um coração

E casas abertos

Para quem as quiser habitar

A renda é à borla

Pois é o amor

Que o irá pagar

Lábios espetados no vazio

À espera

Que o preenchas

Pois a noite

Duma existência

É enorme

Mais do que tu e eu

Pensas…

Afago

De carinho infinito

Que sonho apenas em dar

Enquanto

Nas trevas

Em copos

Ou no nada

Te ando desalmadamente

A encontrar

Um novo livro por escrever

Que está em branco

E onde está apenas a palavra “eu”

À espera que acrescentes

“o meu coração é teu”

Sendo que o resto da narrativa

Ou poema

Será escrito

A quatro mãos

Num dueto de almas

Cujo culminar

Será

A imensidão

Porque só é vergonha

Reconhecer

O quanto somos carentes

Prova de vida

Bem real

Enquanto escrevo e sinto

Estas

Ternuras pendentes