Na Ausência do Amante
Na imensidão de uma cama
Uma melodia suave
Uma melancolia que invade
A bela e seminua dama
Consumida pelos lamentos
De seu querer que está distante
Não enxerga nem sente seu amante
Só é tocada pela ousadia dos ventos
Sozinha, mas não abandonada
Extasia-se dentro da ilusão
De um dia, seja inverno ou verão
Encontrar-se com seu amor abraçada
Desfrutar de afagos demorados
Ouvir declarações de amor
Beijar e beijar sem pudor
Sentir o sabor tão desejado
E assim, ao eclodir da madrugada
Imersa em seus pensamentos delirantes
Adiando seus desejos mais gritantes
A moça dorme em seus sonhos debruçada