CORAÇÃO PRISIONEIRO
Vivia recluso, triste e nem pulsava.
Diante de um amor que parecia fluir,
Entregou seus sonhos tão almejados,
Cultivados como se fossem um jardim,
Onde as flores despontavam serenas,
E mostrando vaidades pareciam sorrir,
Pois eram belas e tinham vitalidades.
Assim esse coração antes tão vaidoso,
Fluindo vigoroso num pulsar incessante,
Quedou-se em silêncio pois o amor ruiu,
E se tinha pretensões de eternas euforias,
Que surgiram num impulso de um olhar,
Moldado depois por atitudes bonitas,
Num repente se acabou e prisioneiro ficou.
Quiz se libertar das amarras tão doloridas,
Mas esfacelado não tinha mais vitalidades,
Pois o amor refulgente que nasceu de um olhar,
Foi se extinguindo aos poucos até adormecer,
E mesmo procurando retemperar as energias,
Para quem sabe uma nova aurora surgir,
Não via mais as estrelas que tristes choraram.
Para o amor ser bonito e nunca arrefecer,
É preciso haver reciprocidades até nos carinhos,
Cultivando beijos como se fossem os mimos,
E no torpor de mentes que surgem nos afagos,
Entregar-se docemente em deliciosos extertores,
Para então o coração demonstrar ter liberdades.
24-02-2011