Me mataria sem você
Tive na mente um pensamento suicida,
De com meu revolver cano longo me livrar
Com uma fração de segundo acabar tudo
Com uma bala terminar essa minha vida
Me tranquei no quarto e chorei meu desespero
Cada lagrima me salga a boca me dando temor
Já sinto o gosto do sangue em minha boca
Se esvairia me levando a vida, vida louca
Faço um ultimo poema em despedida
Dou ultimo Adeus a meus pais aos prantos
Sinto pelo choro deles pela minha morte
Soluçando minha prematura partida
A carta é curta e objetiva como sempre fui
Falando simples sem qualquer enrolação
Poeta já não canta e só fala em morte
Nega a vida, vem a morte, uma oração
O cano toca a boca e o gelo me arrepia
Me vem na mente minha vida de menino
Choro ainda mais forte e penso em mim
No que nessa vida mais me deu alegria
Meu pranto é mais forte e já não me controlo
Tremendo muito ouço o radio e a nossa canção
Penso no dia que ouvimos ela juntos e choramos
Dois corpos em união, um só coração
Vou puxar o gatilho e a morte me leva de ti
Deveria meu corpo tocar sem vida o chão
Despedida da vida em meu quarto escuro
Vão dizer, ele está morto mas ainda sorri
Mas os olhos secam as lagrimas sentida
Deus toca meu rosto e me beija com amor
Me tira as forças das mãos e arma cai
Perco o sentido, Deus me devolveu a vida
A arma no chão eu aos prantos em desespero
Chorando as lagrimas de quem não quer mais viver
Mas que encontrou em deus um sentindo
És feliz e não quer mais morrer