Nas curvas da vida

Hoje lembrei dos meus tempos de criança

Brincava de amarelinha

Não pode pisar na linha

A gente querendo chegar ao céu

Ah, como era bom...

Criança acha lindo o céu

Agora adulta, admiro a imensidão azul

Nos dias claros, com raios de sol semeando calor à vida

À noite me vejo admirando o imenso tapete negro

Iluminado pela lua e estrelinhas a piscar

A vida seguindo seu rumo, levou-me a muitas linhas

As retas...deixavam-me apática

As curvas...perigosas, mas fascinantes, não há como fugir

Nelas derrapamos

Perdemos a linha

Ganhamos experiências

Dobrar a esquina...

Surpresas, esperanças, decepções... a cada virada

Mas contando com a sorte

Andei em retas, curvas, dobrei as esquinas

Agora pisando nas linhas

Linhas de minha vida

Que não são de amarelinhas

Viraram cicatrizes...

Umas profundas

Outras finas, quase imperceptíveis

Sei que me acompanham para lembrar...

Que ainda tenho muitas curvas sinuosas pela frente.

Valentina Leemann
Enviado por Valentina Leemann em 23/02/2011
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