A DIVA E O LADRÃO

Era pra ser comum aquele dia tempestuoso de inverno

E caberia ao tempo permanecer servo do que lhe impunha o destino

Nada justificaria o desvio no caminho, nada impactaria o pulsar interno

Ninguém sabia que o julgado laço eterno veria seu crepúsculo surgindo!

Pelas esquinas casuais de uma conspiração qualquer do despudor

Alguém aquele olhar roubou e nunca mais sequer pensou lhe devolver

Falou o que palavras temeriam dizer, quando no brilho tudo proclamou

Seguramente com clareza convidou, sem chance alguma de perder!

Não cogitou a linda dama descer dos pedestais impávidos da moral

Correspondendo ao sinal que lhe fizera a mais ousada das loucuras

Deixou ao léu suas vestes puras, pisoteou o campo minado social

E se lançou ao prazeroso vendaval, sem medo das explosivas alturas!

Mal percebeu a sublime diva, que suas regras esmagaram-se qual pó

Não viu-se só, porque nadava nos delírios proibidos de um ladrão

Que lhe roubou sem permissão, que lhe amou sem compaixão e dó

Deixando-lhe a garganta em nó, quando partiu e conduziu seu coração!

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Reinaldo Ribeiro - O Poeta do Amor

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Reinaldo Ribeiro
Enviado por Reinaldo Ribeiro em 23/02/2011
Reeditado em 23/02/2011
Código do texto: T2810016
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