REFRIGÉRIO
Oh’minh’alma
Por que te abrigastes
Na penumbra da madrugada
Da noite passada?
Acaso pensas ter fugido
Das paixões inerentes
E avassaladoras?
Pois eu te digo
O sol está a brilhar
Cigarras a cantar
Formigas e abelhas a trabalhar
Ah! e este marulhar...
Deixei-te voar a esmo
Por sobre as cordilheiras das ilusões
Pousar nas clareiras das razoes
Banhar-se em lagos de emoções
Alma minha...
Um novo sonho vem nas asas
Dos calmos temporais de amor
Das corredeiras das afeições
Festejas em tulipas de auroras
Com o licor das celestiais amoras
E sob o ensimesmado luar
Receba canções que vem do mar
Cantigas singelas
Trazidas pelo vento
Sob um céu de estrelas...
Um doce alento