Amor diluviano
Amo o teu cabelo!
Amo o teu corpo!
Amo o teu cheiro!
Amo o teu olhar!
Amo o teu sorrir
E o mundo inteiro!
Amo os teus seios
E o teu andar!
Amo o teu dormir!
Amo-te
assim:
Nesse imenso império
sem destino
Amo-te imensa
Egoísticamente
Onimisticamente
Entre os mundos
Entre as ruas
Entre o entre
Entre o dentre
O por dentro
E adentro
Amo-te
Entre
As casas
Entre
As ruelas
Entre os sonhos
Entre o desespero
Amo-te no silencio
Aos gritos
Berros
Urros
Ditames
Linchamentos
Amo-te
Amo-te
E sempre te quis
Amar assim
Amo-te rosa
Amo-te Flor
Amo-te jardim
Ou beija-flor
Amo-te destino
Desatino
Longitude
Latitude
Na altitude
Amo-te futilidade
Vagabundeação
Determinação
Ou imensidão
Amo-te
Amando
Amante
Navegante
Minha ostaga
Banco de madeira
Ou Gávea alta
Amo-te
A pronto
Pré-pagamento
A juros
Ou a crédito
Amo-te no cheiro
Como a vida
Na vida
Como um cheiro
te querendo sempre
Como cheiro
E como vida
...
Porque assim quis
E assim quero.
Amo-te só de te ouvir,
Cantiga de convir
Desespero por não te sentir
Desespero por te sentir.
Amo-te à minha beira
Amo-te na vida inteira,
Amo-te e não te quero
Por haver quem mais te queira,
Mas,
Amo-te à minha beira
Sempre, sempre e eternamente,
Sempre e sempre na vida inteira.
Vampiro