Floresta à noite.
Autor: Daniel Fiúza
14/09/2005
Meus olhos diáfanos nas réstias
e sombras da floresta.
Nos cantos e veredas sítios
de seres, gnomos e duendes.
A lua presenteando de prata
era espelho móvel do rio
em outro mundo refletido.
Mil olhos naquele fim de tarde
cada ser noturno da floresta
se preparando para despertar.
Os espíritos das arvores mortas
cantando tristes canções,
entre folhas secas
movidas pelo vento sonhador.
Canções de pássaros retardatários
em busca dos seus ninhos
milhões de insetos com seus cantos
de amor e morte.
Meus olhos perseguiam sombras.
Sentindo a presença de entidades
na mágica da mata misteriosa.
A magia e o encanto da fabula real
me tomava o corpo e o espírito.
Quando a noite chega, todo a floresta fica única.
Todas as sombras se assemelham
E todos os seres ficam iguais.