Amor amigo...


Por muito tempo amei a todos e a ninguém
Sem licença atrevi-me em aventuras escusas
Vicejando meu desencanto por ruas escuras
Sob olhares compassivos ou de desdém.


Perdi-me em labirintos e caminhos deletérios
Entre monstros que habitavam meus espaços...
Deixe que eu repouse a cabeça em teu regaço
A febre me consome e tua mão é refrigério.


Nunca acreditei no conforto da amizade
Mas, teu amor tirou-me do abismo profundo
Com imensa ternura revalidou meu mundo
E em teus braços encontrei a serenidade.


-Helena Frontini-