• por Ela •
Mergulho na imensa brandura de seus olhos, tão profundos
E límpidos como um cristalino lago de águas tépidas...
Sinto-me envolto por seu carinho. Estão fundos
Em minh’alma os seus ideias e a sua vontade. Intrépidas
São a minha razão e a minha loucura:
Por ela entregaria ao barqueiro maldito a minh’alma triste,
E do esquecimento e da dor a libertaria - numa altura
Ímpar a abraçá-la no meu peito cansado.
(...)
Se em calmo silêncio me pego a observá-la,
O coração meu num desmedido frenesi se descompassa.
Outra coisa já não sei fazer se não amá-la,
Profunda e verdadeiramente; e enquanto o tempo passa
Crava-se mais intensamente em mim uma verdade:
Eu a amo; eu a amo louca e perdidamente,
E nada mais espero do que junto dela estar em equidade.
“- Tu, meu amor, és a latência outrora dormente.
Tu és de mim a salvação e és a minha eternidade...”
(...)
“Eu te amo, Su.”