• por Ela •

Mergulho na imensa brandura de seus olhos, tão profundos

E límpidos como um cristalino lago de águas tépidas...

Sinto-me envolto por seu carinho. Estão fundos

Em minh’alma os seus ideias e a sua vontade. Intrépidas

São a minha razão e a minha loucura:

Por ela entregaria ao barqueiro maldito a minh’alma triste,

E do esquecimento e da dor a libertaria - numa altura

Ímpar a abraçá-la no meu peito cansado.

(...)

Se em calmo silêncio me pego a observá-la,

O coração meu num desmedido frenesi se descompassa.

Outra coisa já não sei fazer se não amá-la,

Profunda e verdadeiramente; e enquanto o tempo passa

Crava-se mais intensamente em mim uma verdade:

Eu a amo; eu a amo louca e perdidamente,

E nada mais espero do que junto dela estar em equidade.

“- Tu, meu amor, és a latência outrora dormente.

Tu és de mim a salvação e és a minha eternidade...”

(...)

“Eu te amo, Su.”

Wilhelm d Mondschein
Enviado por Wilhelm d Mondschein em 22/02/2011
Código do texto: T2807544
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