Lençóis de cetim

Ao acordar, pela manhã, ainda bem cedo

em meio aos lençóis de cetim, senti o

leve toque de tuas mãos.

Virei-me lentamente. Beijei os teus lindos

seios. O teu cheiro, um doce perfume de

rosas aveludadas arrebatou todo meu ser.

O acorde de um violino se fez ouvir.

Teus lábios buscaram os meus. Tuas mãos,

ousadamente deslizaram pelo meu corpo.

Um beijo ardente, carregado de paixão.

Uma lufada de ar frio entrou pela janela.

Minhas mãos buscaram freneticamente

o aconchego de tuas entranhas.

Em meio aos lençóis de cetim, uma rosa

aveludada. Entrega, um gozo alucinante.

Desejos saciados, e a alma leve, flutuando.

Abandono. Um silêncio acolhedor, quebrado

apenas pelo arfar dos nossos corações.

Um beijo suave. . . seguido por momentos

de enlevo e sublime veneração.

30/10/06

Wilcaro Pastor
Enviado por Wilcaro Pastor em 02/11/2006
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