OMBRO AMIGO
OMBOAMIGO
AMOR CANIBAL (Alexandrino)
Esse amor VELHO E doentio está contigo
vivendo a nos impedir de sermos felizes.
São chagas ou flagelação e até castigo
originado em várias outra raízes.
Esqueces às vezes de usar meu ombro amigo,
Julgando por qualquer fato, leves deslizes,
Premonisa mui mal os caminhos que sigo,
Deixando-me zonzo igual vôo de perdizes.
Discrepância total em nossa sintonia.
Tu mão me dás, não te dou alegria.
Estagnamos a essência animal.
Os beijos trocados por sangue no chão.
Brasas incandesceram o nosso colchão.
Carinhos esquecidos, amor canibal.
Goiânia, 21 de fevereiro de 2011.