A imersão balsâmica
De alfazema e de rosa
Há tanto que te aguarda!
Ideei iguarias afrodisíacas
Para refazer-nos à ceia…

Alongam-se os meus olhos
Na longa estrada vazia
E quedo-me sonhadora
Antecipando a centelha
Do teu corpo que ao roçar-me
De pronto me incendeia
Numa ânsia indefinida
Onde assomo renascida

Onde estás, que te detém?
Escuta bramir o silêncio,
Segue o mudo apelo… vem!

Despe-me as sedas diáfanas
Que prendem a ninfa agitada
Por achar-se libertada…

Aquieta-se a tarde calma
O sol cai, trazendo escusa
De amanhecer nos teus braços
Em aprazível doçura!