Abrasador
Sinto sua falta ainda
Parece que por longínquo tempo
Fugi tanto de tudo entre nós
E agora tenho sua marca em meus lençóis.
O cheiro do seu suor em meu corpo
Sua voz e gemido em uníssono reclame
Nossas brigas quase vazias de argumentos
E o gosto vulgar e terno de nosso latente sexo.
Por nossa imagem perdida eu suspiro
Mas o que fomos temo... não me redimo!
Ficou o gosto antigo de um beijo ardente
O toque intenso de mão ávida em desejo
A fúria perene de um tesão que consumiu
E a memória do gozo quase dominador...
E sempre abrasador e vadio...