Delírios de Amor...
Sussurros em meus ouvidos...
Ávidos abraços diante da lua...
Tão grande e tão nua...
Única réstia de luz a iluminar-nos.
No ar o cheiro do cio...
A terra molhada, servia de alcova...
Gestos ternamente brusco,
Arrancando desejos contidos.
A ave noturna faz um razante voo,
O suor que exageradamente escoa.
Num fremito o beijo como ultimo fosse,
Na entrega letal, dois corpos se doam.
Tombados indiferentes lado a lado,
Tendo a Lua por testemunha,
Que calada prefere entoar...
Uma cântiga qualquer, a tomar partido...
Tendo sua linda alma de mulher.