A ti o meu amor
Venho, sob teu olhar falar de amor,
nas mãos trago minha singular ternura,
e a entrego como se entrega uma flor,
depois palavras de uma eterna jura!
Nas asas do tempo aprendi a te esperar,
saciando a vida com o beijo teu,
nenhum adeus foi capaz de me separar,
como as ondas do mar, seu olhar do meu!
No dia em que o céu estiver perto de mim,
e eu seja lembrança na flor que te dei,
talvez nem assim se tenha ali o fim,
não por isso que vim, e nem assim partirei!
Que beijem a eternidade todas minhas poesias,
a para além da eternidade, guardem teu amor,
não haverá na existência primaveras vazias,
nem falsas alegrias, tristezas, que tragam a dor!
Malgaxe