DO SEQUIOSO AO PARAÍSO

A flor que eu colhi

Neste chão desabrido

Foi quando te vi,

Um amor prometido.

Sofri a flor do nordeste

Desidratei a minha pele,

Sorvi árido agreste,

Que na dor se revele.

Criei dezenas de rugas,

Acentuei as tristes cãs,

Andei com sanguessugas

Ao romper das manhãs.

Andei por tua avidez,

Áspera e espinhosa,

Embora na maciez

Da tua boca mimosa.

A sede que de ti eu tenho,

É como árida terra

Que clama sequioso lenho

Por água que nos encerra.

Preciso da tua presença,

Do teu afável sorriso

O amor é a minha crença

E tu o meu paraíso.

Minh´alma tem sede de ti,

Flor de ondas perfumosas,

Por tudo que eu sofri,

Só morro em "Águas formosas".

(YEHORAM)

YEHORAM BARUCH HABIBI
Enviado por YEHORAM BARUCH HABIBI em 18/02/2011
Reeditado em 19/02/2011
Código do texto: T2800572
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