DO SEQUIOSO AO PARAÍSO
A flor que eu colhi
Neste chão desabrido
Foi quando te vi,
Um amor prometido.
Sofri a flor do nordeste
Desidratei a minha pele,
Sorvi árido agreste,
Que na dor se revele.
Criei dezenas de rugas,
Acentuei as tristes cãs,
Andei com sanguessugas
Ao romper das manhãs.
Andei por tua avidez,
Áspera e espinhosa,
Embora na maciez
Da tua boca mimosa.
A sede que de ti eu tenho,
É como árida terra
Que clama sequioso lenho
Por água que nos encerra.
Preciso da tua presença,
Do teu afável sorriso
O amor é a minha crença
E tu o meu paraíso.
Minh´alma tem sede de ti,
Flor de ondas perfumosas,
Por tudo que eu sofri,
Só morro em "Águas formosas".
(YEHORAM)